sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A importância da Família para Deus




DEUS PENSA EM TERMOS DE FAMÍLIA

       O Senhor não trata apenas com indivíduos, mas também com famílias. É claro que a salvação é individual, e a fé e a escolha (com suas consequências) também. O juízo vindouro também tem essa característica, e é por isso que a Palavra de Deus declara: “Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.12). Contudo, quando falamos a respeito de propósito (não de responsabilidade), percebemos que a Bíblia apresenta um Deus que pensa em termos de famílias, e não apenas de indivíduos.
       Quando o Senhor chamou o patriarca Abraão (na ocasião ainda chamado de Abrão), e fez com ele uma aliança, ainda que estivesse tratando com um indivíduo, estava também focando a família:


“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”  (Gênesis 12.3) 

       Observe que o Senhor fala de multiplicar a família de Abrão com o propósito de abençoar TODAS as famílias da terra. Ou seja, Deus está prometendo abençoar uma família para, através dela, poder abençoar todas as demais famílias do planeta (em todas as épocas). É evidente que o Criador, em seus planos e propósitos para a humanidade, pensa em termos de família. Encontramos este padrão (salvação individual mas propósito familiar) nas histórias bíblicas. Basta recordar o que aconteceu com Noé:

“Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do céu, toda a carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará. Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos.”  (Gênesis 6.17,18)

        Noé chamou a atenção de Deus com sua integridade. Ele, sozinho, conseguiu isso. Mas o livramento se estendeu a toda a sua família. Vemos o mesmo com Ló:

“Então disseram os homens a Ló: Tens mais alguém aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens na cidade, tira-os para fora deste lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porquanto o seu clamor se tem avolumado diante do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo. Tendo saído Ló, falou com seus genros, que haviam de casar com suas filhas, e disse-lhes: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade. Mas ele pareceu aos seus genros como quem estava zombando. E ao amanhecer os anjos apertavam com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças no castigo da cidade. Ele, porém, se demorava; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão a ele, à sua mulher, e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor. Assim o tiraram e o puseram fora da cidade. Quando os tinham tirado para fora, disse um deles: Escapa-te, salva tua vida; não olhes para trás de ti, nem te detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não pereças.” (Gênesis 19.12-17)

       O que podemos dizer da família de Ló? Sua mulher, ao sair de Sodoma, olhou para trás (desobedecendo à ordem divina e demonstrando saudade daquele lugar) e foi julgada por Deus. Seus futuros genros não creram em sua mensagem e ainda zombaram dele. Suas filhas o embebedaram para cometer incesto. Você consegue enxergar uma grande justiça na vida destes familiares? Eu não! Aliás, vale ressaltar que quem foi chamado de justo pelas Escrituras foi o próprio Ló:

“Se, reduzindo a cinza as cidades de Sodoma e Gomorra, condenou-as à destruição, havendo-as posto para exemplo aos que vivessem impiamente; e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos [porque este justo, habitando entre eles, por ver e ouvir, afligia todos os dias a sua alma justa com as injustas obras deles]; também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados”.  (2 Pedro 2.6-9) 

       Mas ainda que a salvação seja individual, Deus, em termos de propósito, também trata com as famílias. Continuamos encontrando este fato nas páginas do Novo Testamento:

“E ele nos contou como vira em pé em sua casa o anjo, que lhe dissera: Envia a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro, o qual te dirá palavras pelas quais serás salvo, tu e toda a tua casa.”  (Atos 11.14)

“Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”  (Atos 16.30) 

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Precisamos compreender esse propósito divino para a família. Entender o projeto de Deus nos ajudará a discernir o valor que Ele atribui à família.


Fontes:
A Bíblia Sagrada
http://www.orvalho.com/a-importancia-da-familia-por-luciano-subira/

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Discernindo o Corpo de Cristo

 “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” (1 Coríntios 11.27-31)

        Este é um texto que fala não apenas sobre a Ceia do Senhor, mas que também nos revela alguns fatos importantes sobre a dimensão espiritual com a qual nos relacionamos.
       As nossas atitudes nunca são neutras. Elas produzem bênção ou maldição em nossas vidas! O cálice da Ceia é chamado por Paulo de “cálice da bênção” (1 Co 10.16). No entanto, no texto transcrito acima, vemos que a mesma Ceia que traz bênção também pode trazer juízo e maldição sobre os crentes!
       Podemos perceber que a Ceia do Senhor é um ato com conseqüências espirituais. A Igreja de Corinto tinha todos os dons do Espírito Santo em operação (1 Co 1.7), o que incluía os dons de cura, mas, mesmo assim, havia entre eles muitos fracos e doentes, bem como mortes prematuras. O apóstolo chamou isto de “sermos julgados”. O meu propósito aqui não é enfocar a Ceia do Senhor em si, e sim um princípio que tanto se enquadra em sua prática, como em outras práticas espirituais, incluindo-se as nossas contribuições financeiras. É o princípio de se discernir o Corpo de Cristo.
        A Igreja de Jesus Cristo, de um modo geral, precisa reconhecer que tem tropeçado em princípios vitais, que a impedem de andar no melhor de Deus, e a falta de discernirmos o Corpo de Cristo é um desses tropeços.
        
       Se tomarmos a falta do discernimento do Corpo de Cristo como um princípio de maldição, também estaremos reconhecendo que a atitude inversa é um princípio de bênção. Os crentes da Igreja de Corinto foram julgados (em sua saúde) por não discernirem o Corpo; se o tivessem discernido, certamente teriam sido abençoados com saúde.
       Vários outros textos bíblicos revelam este princípio (de discernirmos Jesus por trás de pessoas ou situações) como um meio de andarmos na vontade (e bênção) de Deus. O Senhor Jesus Cristo disse que as pessoas serão julgadas por terem feito o bem a Ele ou não. E, ao perguntarem quando Lhe fizeram (ou não) o bem, Ele lhes responderá que foi quando fizeram o bem (ou não) às pessoas ao seu redor:

“Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25.35-40)



      Precisamos servir as pessoas, vendo a Jesus por trás delas. Discerní-Lo por trás de uma situação ou de pessoas é uma premissa de bênção!
     O apóstolo Paulo também ensinou sobre este princípio divino. Ele disse aos servos para trabalharem, não para agradarem a seus patrões, mas ao Senhor Jesus, pois é a Ele que estavam servindo ao trabalharem:

“Servos, obedecei em tudo ao vosso senhor segundo a carne, não servindo apenas sob vigilância, visando tão-somente agradar homens, mas em singeleza de coração, temendo ao Senhor. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo.” (Colossenses 3.22-24)

       Se discernirmos ao Senhor por trás do nosso trabalho (ou de nossos patrões) e fizermos o nosso serviço com esta consciência, então certamente seremos recompensados!
No versículo 24, o apóstolo declara que eles seriam abençoados por isso: “cientes de que recebereis do Senhor a recompensa”. De modo semelhante, precisamos ver o Senhor Jesus por trás das nossas contribuições. Não podemos ofertar ao homem, nem a uma organização! Temos que ofertar ao Senhor Jesus!

 DOIS ASPECTOS DISTINTOS

        Quando mencionamos o Corpo do Senhor Jesus, precisamos compreender que o ensino bíblico abrange dois aspectos distintos sobre o assunto.
      Um deles é o corpo físico do nosso Senhor, com o qual Ele viveu aqui na terra, sentiu fome, sede, cansaço. Mesmo depois que Ele morreu, este corpo não deixou de existir, pois foi ressuscitado sem conhecer a corrupção e passou pelo processo da glorificação (Lc 24.36-43,50).
O outro aspecto é o Corpo Místico de Jesus Cristo, a Sua Igreja, que chamamos redundantemente de “Corpo Corporativo”:

“Ele lhe sujeitou todas as coisas debaixo dos pés e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, a qual é o seu corpo, o complemento daquele que enche tudo em todas as coisas.” (Efésios 1.22,23 – TB)


A Igreja do Senhor Jesus é chamada de Seu Corpo, Seu “Complemento”. Isto é para nós um fundamento bíblico inquestionável:
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.” (1 Coríntios 12.12-14)

ENTENDENDO O PARALELO

       É relevante o fato de destacarmos estes dois diferentes aspectos do Corpo do Senhor, porque isto nos ajudará a entendermos um paralelo espiritual de grande importância. A nossa ênfase aqui é no cuidado, ou na manutenção do Corpo de Cristo.
Quando o Senhor Jesus Cristo caminhou nesta terra com um corpo físico igual ao nosso, Ele foi cercado de proteção e carinho que o Pai Celestial, por meio de pessoas, Lhe ofereceu.
José e Maria merecem destaque em seu papel de suprir e proteger a Jesus Cristo. Eles não só alimentaram, aqueceram e cuidaram do Seu corpo, mas também o protegeram. O registro dos Evangelhos nos informa que José, ao tomar conhecimento (por divina revelação) de que Herodes procuraria matar a Jesus, fugiu com a sua família para o Egito (Mt 2.13,14). Antes que isto acontecesse, Deus supriu os recursos para este tempo de viagem e para a sobrevivência deles, através das ofertas que os reis magos trouxeram (Mt 2.11).
Quando Jesus já não estava mais sob os cuidados de Seus pais, quando Ele já Se encontrava em Sua fase adulta, em que deu início ao Seu ministério, Deus supriu outras pessoas para continuarem estendendo a Ele o mesmo tipo de cuidados para a Sua sobrevivência:

“Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus bens.” (Lucas 8.1-3 – NVI)

Por que Jesus precisava de dinheiro?

      Porque, semelhantemente a mim e a você, Ele comia, Se vestia, e em Suas viagens Ele precisava de hospedagem (embora nem sempre gastasse com isso) e outras coisas que exigiam pagamento.
     E por que eram tão importantes os cuidados com o corpo do Senhor Jesus e com as Suas necessidades?
Porque era por meio do Seu corpo que Jesus agia! Além disso, todas as bênçãos que Deus oferece à humanidade são devidas à vitória que Cristo consumou no mistério da Sua Encarnação – em corpo e em carne!

CUIDADOS COM O CORPO HOJE

      Este é o ponto crucial sobre o qual eu gostaria que você refletisse: há um paralelo entre os cuidados que Deus providenciou ao corpo de Jesus, quando Ele viveu aqui na terra, e os cuidados que nós devemos ter hoje com o Seu Corpo, a Sua Igreja.
      E a razão pela qual devemos cuidar deste Corpo (a Igreja) ainda é a mesma que a da época em que Deus moveu pessoas a cuidarem do corpo físico de Jesus: Ele age por meio do Seu Corpo.
     É impossível à nossa geração servir o corpo físico de Cristo como a geração de Seus dias o fez. Contudo, atualmente podemos servir ao Seu Corpo espiritual, a Igreja. Isso se estende à área dos relacionamentos e da comunhão, que produzem a harmonia no “Corpo Corporativo”. Contudo, eu gostaria de enfatizar principalmente a importância de vermos a Igreja (como Seu Corpo) por trás de tudo o que nos dedicamos a fazer!
       Para cumprir o seu papel aqui na terra, a Igreja do Senhor precisa que cuidados (ou manutenção) sejam dispensados a ela. Já é tempo de mudarmos a nossa mentalidade ao contribuirmos. Quando contribuímos, não estamos dando dinheiro a um pastor, igreja local, ou ministério. Estamos fazendo algo pelo Corpo de Cristo e pelo Reino de Deus!
       As pessoas que ofertam sem este discernimento e paixão não experimentam a dimensão de bênçãos que está reservada aos que discernem o Corpo de Cristo por trás das atividades ministeriais.
      Eu inclusive ouso afirmar que, assim como a nossa participação na Santa Ceia sem discernirmos o Corpo do Senhor não permite que sejamos abençoados (pelo contrário, podemos até mesmo ser julgados), assim também a nossa contribuição sem discernirmos o Corpo do Senhor Jesus não muda absolutamente a nossa sorte!
      Da mesma forma que os irmãos de Corinto não podiam provar da bênção da saúde e da cura proveniente do corpo ferido de Jesus (a ponto de haver naquela igreja muitos fracos, doentes e mortos prematuros), assim também hoje, na Igreja de Cristo Jesus, há muitas pessoas que, mesmo contribuindo, continuam sem experimentar uma provisão financeira.
      Não basta apenas darmos o nosso dinheiro! Temos que fazê-lo da maneira certa, com o discernimento espiritual de onde e porque estamos investindo, e movidos pelo amor à obra de Deus (2 Co 9.7).
     De todas as pessoas que demonstraram este cuidado, há uma que se destaca, da qual já falamos no primeiro capítulo deste livro: Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro. Lemos em Marcos 14.3-9 que ela teve uma das mais belas atitudes de adoração e oferta já demonstradas ao Senhor Jesus. Esta é a razão de falarmos dela no primeiro e no último capítulo deste livro. E Jesus faz a importante observação de que ela fez algo pelo Seu Corpo:

“Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura.” (Marcos 14.8)

       E o Senhor a honrou sobremaneira por ter agido desta forma. Aliás, Deus sempre honra os que fazem algo em prol do Seu Corpo.
      Desde o Seu nascimento até a Sua morte, o Senhor Jesus foi servido por pessoas que Lhe dispensaram cuidados e investimentos financeiros em prol do Seu corpo. Até mesmo depois da Sua morte, vemos pessoas de posição e prestígio fazendo isto. José de Arimatéia, por exemplo, usou a influência que tinha diante de Pilatos para pedir o corpo de Jesus Cristo (Lc 23.50-53) e sepultá-lo com honra. Creio que isto também é um paralelo do que acontece conosco hoje!
      Você não chegou a ocupar nenhuma posição social sem um propósito. Se Deus lhe deu dinheiro, posição, ou prestígio, não foi para que você usasse tudo isto somente para o seu benefício próprio, mas para que você os usasse em prol do Corpo de Cristo aqui na terra.
      Quando Mardoqueu enviou um recado à Rainha Ester, sua sobrinha, para que ela intercedesse junto ao rei a favor do povo de Israel, ele acrescentou o seguinte comentário:

“…e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” (Ester 4.14b)

       Esta frase nos mostra uma antiga crença no meio do povo de Deus. Em Sua soberania, o Senhor guia estrategicamente as nossas vidas. Foi assim com Ester! Mardoqueu estava lhe dizendo algo assim: “Não é possível que Deus tenha lhe dado tudo isto para algum outro propósito, a não ser para que você faça algo pelo povo d’Ele!”
      O Senhor deseja nos usar onde estivermos e com o que possuirmos. Abra os seus olhos e esteja atento para discernir as oportunidades de você servir ao Corpo do Senhor. Os reis magos fizeram uma longa viagem e deram presentes caros porque eles viram alguma coisa que a maioria não viu! “Discernir” significa: “ver distintamente, distinguir, conhecer claramente”.
      O fornecimento de cuidados materiais ao Corpo do Senhor libera bênçãos. O contrário, no entanto, traz maldições. Judas não só perdeu a chance de servir ao corpo do Senhor, mas também tentou lesá-lo, e a maldição que ele colheu é patente!
      Quando investimos na obra de Deus com este discernimento (de que estamos fazendo algo pelo Corpo de Cristo) somos abençoados. E, se algum “espertinho” tentar se aproveitar do amor que expressamos e fizer um mal-uso ou uma apropriação indébita, ele certamente pagará por isso! Deus o julgará, mas quem contribuiu com amor será abençoado!
      A bênção não vem pela aplicação que é feita com os recursos, e sim pelo discernimento espiritual que temos em nosso coração sobre a verdadeira razão para darmos.
     Se discernirmos o Corpo de Cristo por trás das oportunidades que temos de ofertarmos, então a bênção já estará determinada, muito antes de se decidir sobre o emprego do dinheiro.



     É lógico que os cuidados para com o Corpo de Cristo não se dão apenas por meio das nossas contribuições financeiras. Há outras formas de expressá-los e que devem acompanhar esta atitude.
    Quando exercemos um ministério, estamos servindo ao Corpo de Cristo. O crente que não se dispõe a trabalhar pelo Reino demonstra que não discerne o Corpo do Senhor. O crente que não coopera com os que estão servindo a Igreja também não discerne o Corpo do Senhor. Já é hora de buscarmos do alto uma compreensão mais profunda sobre o que estamos fazendo aqui na terra.
     Eu sonho com uma geração que haverá de revolucionar o mundo com o Evangelho de Cristo. A história nos ensina que toda revolução tem pelo menos três ingredientes:
1) Uma nova mensagem;
2) Pessoas dispostas a trabalharem pela causa (e até mesmo morrerem por ela);
3) Recursos que financiem a causa.
      Enquanto não nos doarmos ao Senhor e não disponibilizarmos os nossos recursos materiais, a nossa mensagem não terá o efeito que deveria ter. Deus está nos chamando a revermos isto!
     É hora de discernirmos o Corpo de Cristo e de fazermos mais, começando pela Sua Igreja. As nossas atitudes devem refletir este entendimento. E a nossa prática deste entendimento liberará muito mais de Deus sobre as nossas vidas. Que o Pai Celestial nos ajude a crescermos neste discernimento!



Fonte: http://www.orvalho.com/discernindo-o-corpo-de-cristo-por-luciano-subira/

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Jesus, o segundo Adão?


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Diferenças entre Jesus e Adão

      Jesus como o segundo Adão é uma imagem pouco utilizada em pregações. Todavia, a comparação entre Adão e Cristo – feita por Paulo em 1 Coríntios 15 – oferece uma importante ferramenta para a proclamação de Lei e, especialmente, de Evangelho.
Paulo considera Adão “pai da humanidade” e diz que através dele o pecado entrou no mundo. A obra vicária de Cristo reverteu a destruição do relacionamento,  que existia entre o Criador e a criatura antes da queda em pecado.

O primeiro Adão causou a morte. O segundo Adão enfrentou essa morte e a venceu.

O Adão do Éden introduziu o pecado para o mundo. O Adão do Getsêmani é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29).

       O primeiro Adão foi o responsável pelo rompimento com o Criador. O segundo Adão é o agente de restauração e reconciliação.
“Porque, como, pela desobediência de um só homem [o primeiro Adão] muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só [o segundo Adão], muitos se tornarão justos” (Romanos 5.19).

       Obviamente, você precisa avaliar quando e como para falar de Jesus como o segundo Adão.
É possível que a comparação não seja evidente para o ouvinte. Talvez ele até conheça alguns detalhes da história Bíblia do primeiro Adão, mas não o suficiente para que possa compreender a importância e a grandeza da obra vicária de Cristo. Talvez seja necessário indicar claramente os pontos de comparação entre os dois Adãos

Fontes
A Bíblia Sagrada
http://creativando.wordpress.com
https://pt.slideshare.net/glaubermenezes/seguir-jesus-44999982

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Origem das Nações




JAFÉ, CAM E SEM

       Em Gênesis 10 contém em sua maior parte genealogias das primeiras famílias, das quais descende toda a população do mundo.
      A ordem que encontramos é: os filhos de Jafé, em seguida os de Cam e finalmente os de Sem; como em outras partes da Bíblia, vemos que as duas linhas "rejeitadas" são mencionadas primeiro, com alguns comentários, para não ser mencionadas mais; a dos "escolhidos", mencionada por último, segue pela Bíblia até o nascimento de Jesus Cristo: hoje em dia é a única (dos judeus) que não se misturou com as outras!
Os descendentes de Jafé:
       Um enólogo chamado H S Miller fez um estudo aprofundado da origem das nações com base neste capítulo, outras porções bíblicas e descobertas arqueológicas, e preparou um mapa etnológico donde se tira as seguintes conclusões:
  • De Magogue: os citas, eslavos, russos, búlgaros, boêmios, polacos, eslovacos, e croatas.
  • De Madai: os indianos e as raças iranianas: medos, persas, afgãs, curdos.
  • De Javã: os gregos, romanos e as nacionalidades latinas como portugueses, franceses, italianos, espanhóis.
  • De Tiras: os trácios, os teutões, os alemães, os saxões, os anglos, e deles os escandinavos, dinamarqueses, holandeses, ingleses, austríacos, checos, húngaros.
Os descendentes de Cam:
Segundo o mesmo mapa, concluímos que sua descendência foi:
  • De Canaã, sobre quem pesou a maldição de Noé: os fenícios, hititas, jebuseus, amorreus, girgaseus, heveus, arqueus, sineus, arvadeus, zemareus e hamateus.
  • De Cuxe: os africanos, etíopes, líbios.
    Temos detalhes de um dos seus filhos: Ninrode. Ele começou a ser poderoso na terra, e era valente caçador diante do Senhor, não se tratando, segundo os estudiosos, de caça de animais, mas de conquista de poder sobre os homens. Ele começou na terra de Sinear, onde se encontrava Babel, de onde se tornou rei (e decerto promoveu a construção da torre), e, ambiciosamente, queria tornar-se imperador do mundo (segundo a história secular). Ele foi o rebelde, o fundador de Babel, o caçador das almas dos homens, figura ou tipo do último príncipe do mundo que virá, o anticristo. Depois da ruína do projeto da torre de Babel, ele afastou-se para a Assíria, onde deu início a várias cidades.
Os descendentes de Sem:
Duas coisas curiosas aparecem no versículo 21:
  • Sem é descrito como pai de todos os filhos de Héber, seu bisneto (v.25): os israelitas, descendentes de Héber, por isso chamados hebreus na antiguidade (Gênesis 14:13, Filipenses 3:5), eram todos também filhos de Sem, ou semitas - ainda hoje têm esse nome! Nenhum outro povo é chamado semita: nem mesmo os árabes, que também são da descendência de Abraão, mas ilegítimos, sendo filhos não da sua esposa, mas da sua escrava egípcia.
  • Irmão de Jafé, o mais velho: esta é a tradução literal do hebraico, embora alguns tradutores não tenham resistido à tentação de traduzirem irmão mais velho de Jafé, que parece mais lógico. Segundo o original, Jafé era o filho mais velho de Noé - e aparece em primeiro lugar neste capítulo.
        Dos descendentes de Sem não constam outras nações além dessas, possivelmente porque perderam sua identidade ao se misturarem com as outras.
       Pelegue recebeu esse nome, que provavelmente significa "repartição" porque nasceu nos dias em que a terra foi repartida. Existem três hipóteses:
ao nascer ele, seu pai Héber repartiu seu território entre seus dois filhos.
       Noé talvez havia tentado repartir a terra entre seus descendentes, antes do episódio de Babel, na época em que Pelegue nasceu.
mais provavelmente, Pelegue nasceu quando se deu a confusão de línguas em Babel.

         Este mapa acima com as letras T e O, abstrai o mundo conhecido da sociedade para uma cruz inscrita num orbe, refaz a geografia a serviço do cristão, e identifica os três continentes conhecido como povoados pelos descendentes de Sem, Cam, e Jafé.




Fontes:
Bíblia sagrada
http://www.bible-facts.info/comentarios/vt/genesis/JafeCameSem.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_das_Na%C3%A7%C3%B5es#/media/File:T_and_O_map_Guntherus_Ziner_1472.jpg